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Em 1979, um grupo de rondonistas da USP escreveu que “não bastava olhar o mapa do Brasil aberto sobre a mesa do trabalho ou pregado à parede de nossa casa. É necessário andar sobre ele para sentir de perto as angústias do povo, suas esperanças, seus dramas ou suas tragédias, sua história e sua fé no destino da nacionalidade”. Com certeza, conhecer nosso país é algo básico para que possamos compreender a real dimensão das coisas que temos pela frente, e olhar para ele, como  Milton Nascimento canta na bela Notícias do Brasil, com letra de Fernando Brandt: “Ficar de frente para o mar, de costas pro Brasil,não vai fazer desse lugar um bom país”. Conhecer é transformar, interagir, saber, aproximar, trocar as informações entre a academia e o popular, para que ambos possam crescer em busca de uma vida melhor e mais digna a todos os brasileiros. Este é o mérito do Projeto Rondon, que a cada seis me ses permite que um grande grupo de professores e alunos de todo o país possam se conhecer e conhecer melhor o Brasil.
Valeu a pena.
Eduardo Paiva, coordenador da equipe da Unicamp à cidade de São Simão Goipas

O blog termina aqui.
Contou com as informações e fotos da equipe do Paiva:
José Eduardo Ribeiro Paiva professor do Instituto de Artes e diretor da Rádio e TV Unicamp
André Andere – Instituto de Economia
Débora Assumpção e Lima – Instituto de Geociências
Laura Caetano Escobar da Silva e Tiago Coelho – Instituto de Química
Lívia Perez e Ravena Sena Maia – Instituto de Artes
Matheus Bersan Rovere – Faculdade de Educação Física

Criação do blog e inserções: Everaldo Silva
Edição: Roberto Costa
Tratamento de imagens: Everaldo Silva e Luís Paulo Silva

Sábado saímos logo cedo com destino a Jatai, onde nos hospedamos novamente do 41 Batalhão, seguindo domingo para Goiânia, onde embarcamos no Hércules C130 com destino à base aérea de Cumbica. Nesse período, muitas informações foram trocadas com os coordenadores do projeto, descobrindo que, com raras exceções, todos tiveram problemas em ter o público esperado em suas oficinas e capacitações. Existiam cidades no projeto onde o  menor salário pago no município  era de R$ 1.800,00 e possuía cobertura por rede Wi fi, enquanto outras ainda tinham sérios problemas estruturais; algumas com pouquíssimo público nas atividades do projeto enquanto outras tiveram mais de 2.000 participantes.

Mas conversando com diversos outros coordenadores, uma conclusão começa a tomar forma: se o projeto Rondon de antigamente levava basicamente informação às comunidades, hoje, com rede, parabólica e celular, a informação está, em sua maioria, disponibilizada às pessoas. Resta agora discutir a formação que se fará a partir dessas informações, e, julgo que é justamente nesse recorte que o projeto Rondon deve atuar a partir de agora. Afinal, o projeto tem a capacidade de reunir pessoas de todas as áreas de conhecimentos e possuidoras de diversos saberes, e deve se aproveitar disso como uma poderosa ferramenta de transformação social.

Mas esquecendo avaliações e problemas, foram 15 dias muito interessantes e produtivos, onde se procurou levar à comunidade de São Simão todas as atividades previstas em nosso cronograma. Com todas as dificuldades e imprevistos, com o pequeno tempo de que se dispõe, muitas boas coisas foram plantadas naquele solo. Espero que com o tempo se solidifiquem e transformem muitas coisas por lá.

Eduado Paiva, coordenador da equipe em São Simão

O relato é do coordenador do grupo de estudantes da Unicamp que se encontra em Silvanópolis, Tocantis, no Projeto Rondon

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Hoje estamos no último dia da operação em São Simão. Temos como atividades principais a inauguração da praça e a finalização do pequeno filme produzido com os alunos da escola José Porfírio. Precisamos ainda arrumar malas e equipamentos. E também um probleminha pela frente: rompeu um encanamento na cidade, e estamos sem agua na nossa casa….Precisamos providenciar água para banho, cozinha e limpeza até que se restaure o fornecimento normal. E com esse pequeno contratempo, estamos finalizando nossa participação aqui, esperando que nossas realizações tenham tido um real significado para o municipio e seus habitantes.
Eduardo Paiva, coordenador

Hoje, quarte feira, estamos próximos da finalização de nossas atividades. Começamos a cuidar da certificação dos participantes dos cursos e oficinas, ao mesmo tempo em que continuamos  as atividades já programadas, como a inauguração da praça, o filme com os alunos da escola “José Porfìrio”, onde realizamos nossa oficina de audiovisual, o cinema na praça e outras. Sábado, logo cedo, sairemos de São Simão para Jataí, onde seremos novamente hospedados no 41 Batalhão. Estamos aproveitando o pouco  tempo livre que temos  para  a realização de novas oficinas, como as que faremos no distrito de Itaguaçu. E assim, quase sem perceber, nossa estada aqui vai chegando ao fim. Se ela resultará em algum benefício concreto para São Simão, se as sementes  plantadas germinarão ou não, é algo que somente com o tempo poderemos perceber. Claro que todos nós esperamos que isso ocorra, mas duas semanas é um tempo exíguo demais para realizar tudo o que pensamos.

Eduaro Paiva, coordenador

O professor Hiroshi Yoshizane, que coordenou o grupo, conta como foram as duas semanas na cidade baiana
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Acabamos de entrar na segunda semana de Projeto Rondon. As oficinas têm cada vez mais público, já que agora estamos mais próximos das pessoas da cidade. A primeira semana de atividades e, principalmente a construção da praça no fim de semana, foram fundamentais para nossa integração.

Durante este último período teremos oficinas de “Letramento Digital”, “Produção Audiovisual” e a continuação daquelas da semana passada.

A primeira delas é oferecida pela manhã no espaço de inclusão digital dentro da biblioteca da cidade. As crianças de 11 e 12 anos têm ótima percepção do computador como entretenimento mas ainda não o reconhecem como forma eficiente de informação e desenvolvimento. A idéia é que no decorrer da semana possam visualizar no computador e na rede oportunidades e melhorias da qualidade de vida.

Já a oficina de Produção Audiovisual, na parte da tarde, contou com a elaboração de um roteiro para a produção de um curta-metragem. Apesar de terem boas noções de cidadania, as crianças encontraram dificuldades com a criatividade. Elas parecem reproduzir os discursos de senso comum mas é difícil que se estimulem a refletir e expandir ideais como por exemplo “é importante preservar o meio ambiente”. Depois de muito tempo de discussão, algumas das crianças tiveram boas idéias e finalmente conseguimos criar um roteiro, listar atores e elementos de cena.

Nos próximos dias faremos as imagens e montaremos o vídeo para ser apresentado no festival “Miscelânea cultural”, sexta-feira à noite.

A Rádio e Televisão Unicamp (RTV) produziu alguns vídeos com as três equipes da Unicamp no projeto Ropndon 2010. Duas delas ainda sem encontram em trabalho de campo. A que esteve na Bahia retornou no domingo.

Silvanópolis – TO
Carlos Eduardo Miranda – Coordenador da Equipe
Fernando Kuninari – Aluno de Engenharia Agrícola 1

São Simão – GO
Eduardo Paiva – Coordenador da Equipe
André Andere – Aluno de Ciências Economicas 1

Baixa Grande – BA
Hiroshi Yoshizane – Coordenador da equipe
Aline Martin Serra – Aluna de Pedagogia 1

Na nossa agenda, um dia para Itaguaçu, distrito de São Simão, famoso por suas cataratas. Uma oficina de empreendedorismo e o cinema a pedidos.

Num olhar mais descritivo, a pequena vila parece intrusa na mata. Bandos de araras azuis rasgavam o céu nublado e tucanos voavam pelas árvores da praça da igreja na busca de comida.

A oficina da manhã discutiu cooperativismo e associação, no intuito de estimular a organização dos moradores. Para enfatizar a importância de cooperativas e associações, os ‘oficineiros’ Laura, André e Débora realizaram dinâmicas que mostram a intensidade da força da comunidade.

Através das idéias expostas, os alunos da Unicamp puderam perceber o potencial econômico e turístico local, assim lançando caminhos e oportunidades. Na pausa  do almoço, os alunos caminharam até as cataratas para apreciar a força dessas águas tão desejadas pelas enormes hidrelétricas.

Cinema
A sessão estava marcada para as 14 horas e, depois de meia hora de espera e nenhum espectador, decidimos desmontar tudo e ir embora. No momento em que terminávamos de guardar o aparato, surge o público pronto para assistir o filme que anunciávamos. Não pudemos fazer outras coisa senão remontar todo o equipamento com esforço sobre-humano.

Apesar do nosso corre-corre para ajeitar tudo, valeu muito a pena ver surgir cada vez mais crianças e depois poder falar com cada uma delas sobre cinema

Chegamos à metade de nossa permanência aqui em São Simão. Sábado pela manhã voltaremos para Jataí e, domingo, para Campinas. Ontem, domingo, fizemos um encontro com as equipes que estão nas cidades próximas, como Cachoeira Alta e Paraibuna, em um almoço coletivo,  onde aproveitamos para discutir resultados e problemas, todos muito parecidos nas três cidades.

Com certeza, problemas e resultados que merecem uma reflexão mais profunda quando acabar esta operação. Diria que um projeto do porte do Rondon tem de ser constantemente  avaliado para que possa ir se moldando às diferentes realidades encontradas no Brasil de forma clara e precisa.

Eduardo Paiva, coordenador